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Don DeLillo - Submundo: Genial


Este livro é um portento. São oitocentas e tal páginas que formam uma obra-prima, uma bíblia da vida moderna. O autor, narra-nos a história da Guerra Fria, dos anos 40 até à queda do Muro de Berlim, mas o livro, suportado por esse lastro fala-nos da vida tal como ela é. Toda. Da infância aos parentes desaparecidos, dos encontros e desencontros amorosos, dos indigentes e vagabundos que povoam as nossas cidades, das vocações e idealismos à vida real, das drogas à tecnologia. Imagine um tema que forma vivência humana e ele está retratado neste maravilhoso livro.
Já li num blogue que o livro perde pela estrutura. Não concordo. Mais, depois de o lermos de enfiada ficamos que a estrutura não poderia ser outra. Isso até pode nem ser verdade, mas nem pensamos nela, tal a forma brilhante que o livro está escrito. O facto de o autor não narra todo livro de uma forma cronológica e sequencial não minimiza (antes pelo contrário, na minha opinião) em nada a sua qualidade.
Trata-se de um livro genial, de um autor genial que só agora descobri. Já pesquisei e fiquei a saber que tem muitos livros anteriores. É óbvio que começarei desde já a comprá-los e lê-los. O próximo será "Ruído Branco" que, tanto quanto percebi, trata do tema da influência das (novas) tecnologias no nosso modo de vida, tema esse que muito me interessa.
Não percam pois mais tempo e corram a comprar o livro. São vinte e poucos euros do mais bem empregue que pode existir.


Autor: Don DeLillo
Título: Submundo
Editora: Sextante Editora
Tradução: Paulo Faria
Número de Páginas: 840
Data de Edição: Abril 2010
Ano de Edição Original: 1997
ISBN: 978-989-676-014-4

Ficam aqui duas impressões que preenchem a contracapa e as badanas do livro, precisamente aquelas com que mais me identifico.

Submundo é o maior, o mais audacioso romance de sempre. Simultaneamente uma repetição, um resumo e um avanço em relação a tudo o que fez antes, é um colosso literário, ao mesmo nível que qualquer um (e ultrapassando a maior parte) dos maiores romances que planam na imensidade da mitologia americana.
Geoff Dyer, Sunday Telegraph

DeLillo escreve de maneira belíssima... Submundo pede a nossa completa atenção. A recompensa será a sua enorme profundeza, a sua prosa brilhante e o sentimento de que, uma vez acabada a leitura, nos tenhamos tornando um pouco mais sábios.
Peter McKay, Daily Mail





                         


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